Brasileiro é condenado à prisão perpétua por matar ex-companheira

Ricardo Godinho esfaqueou Aliny Mendes na frente da filha de 3 anos do casal

O brasileiro Ricardo Godinho, de 41 anos, foi condenado à prisão perpétua no Reino Unido por ter matado a ex-companheira, Aliny Mendes. A sentença, proferida na quinta-feira (18), determina que Ricardo deverá passar, no mínimo, 27 anos preso. Quando cumprir esse tempo, a pena de prisão perpétua poderá ser revista.

Segundo depoimentos feitos durante o julgamento, ele esfaqueou Aliny na frente da filha de 3 anos do casal, diz a BBC. Eles tinham outros três filhos, todos menores de 12 anos, e estavam separados desde dezembro passado.

O homicídio ocorreu na cidade de Ewell, cerca de 30km a sudoeste de Londres. No dia do crime, em 8 de fevereiro, Aliny estava indo buscar os outros filhos na escola, de ônibus, com a filha menor. Quando desceu do veículo, foi confrontada e assassinada por Ricardo, que tinha seguido o ônibus de carro.

Ricardo foi acusado formalmente de assassinato no dia 10 de fevereiro, depois de ser preso. Um de seus colegas ligou para a polícia para informar que ele tinha confessado o crime, e o brasileiro também foi identificado por testemunhas oculares.

Um exame forense após a morte mostrou que Aliny Mendes morreu por ter sofrido várias facadas, informou a polícia de Surrey.

Em comunicado, a família da brasileira declarou que “Aliny era uma mulher linda, inteligente, feliz e carinhosa que era amada por tantas pessoas, tanto no Reino Unido quanto em seu país de origem, o Brasil. Os eventos 8 de fevereiro tiraram não apenas uma irmã, uma filha, uma neta e uma amiga, mas, mais importante, tiraram uma mãe carinhosa de seus quatro filhos pequenos”.

“O impacto que a morte de Aliny deixou em seus filhos é quase impossível de colocar em palavras”, disse a família. “Somos gratos por todos os esforços do sistema de justiça criminal, mas nenhuma sentença jamais substituirá ou trará de volta nossa bela Aliny ”.

De acordo com a promotora Claire Gallagher, Ricardo “tinha intenção de matar a esposa, apesar das alegações de que tinha perdido o controle depois de uma briga”. Ele confessou apenas homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

O ataque foi testemunhado por outras três mães que estavam a caminho de buscar seus filhos da mesma escola, segundo depoimentos no tribunal, diz a BBC. As testemunhas descreveram Ricardo como “frio, calmo e contido” durante o ataque, de acordo com a promotora.

“[O assassinato premeditado] foi ainda corroborado por material em seu telefone e computador, que mostrou sua raiva e ressentimento por sua esposa estar buscando uma nova vida para ela e seus filhos”, disse Gallagher.

Fonte: G1

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