O presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, justificou nesta terça-feira sua viagem para a Bélgica ao afirmar que o Executivo espanhol preparava uma “onda duríssima de violência” pela qual ele seria responsabilizado.
Em uma entrevista à rádio pública regional Catalunya Radio, Puigdemont explicou a decisão de seu governo por uma divisão, com cinco membros na Bélgica para internacionalizar a causa e os outros na Espanha para responder à Justiça, que determinou a prisão preventiva do grupo.
“Penso que não nos equivocamos. Estou absolutamente convencido de que o Estado espanhol havia preparado uma onda duríssima de repressão, de violência, pela qual queria responsabilizar a todos nós”, afirmou Puigdemont, que diz representar o “governo no exílio”.
Na entrevista, ele não explicou de que maneira sua saída do país contribuiu para evitar a violência que, segundo o catalão, teria sido planejada pelo governo espanhol.
Investigado com todo seu governo por rebelião, sedição de desvio de fundos públicos após a declaração de independência pelo Parlamento catalão em 27 de outubro, Puigdemont e os quatro conselheiros (equivalente a ministros) que estão em Bruxelas são procurados pela Justiça espanhola.
Fonte: G1