O Iêmen vive desde 2015 um conflito armado entre grupos rivais que disputam o poder e levaram o país a enfrentar uma grave crise humanitária.
O conflito no país árabe começou com uma insurreição dos houthis, de orientação xiita e apoiados pelo Irã, contra o presidente sunita Abdo Rabbo Mansour Hadi, que, por sua vez, é apoiado por uma coalizão regional liderada pela Arábia Saudita.
Além dos 12 mil mortos em combates, cerca de 1.900 pessoas perderam as vidas por causa de um surto de cólera deflagrado no país, cuja infraestrutura de água, lixo e esgoto foi praticamente destruída. Um bloqueio imposto pela coalizão liderada pelos sauditas também prejudicou a distribuição de alimentos.
A cólera é uma infecção que provoca intensa diarreia e é causada pela ingestão de alimentos e água contaminados pela bactéria ‘Vibrio cholerae’.
A maioria dos infectados tem sintomas leves, mas casos graves podem levar à morte em questão de horas se não tratados.
A Organização Mundial da Saúde estima em 400 mil o número de casos de cólera no país – ou seja, 1 em cada 50 pessoas. Os hospitais estão lotados, e a precária distribuição de alimentos é não conseguiu evitar os casos de desnutrição – especialmente de crianças, que ficam mais vulneráveis à infecção.
Segundo a Cruz Vermelha, médicos e enfermeiros trabalham sobrecarregados e há meses sem salários, e lidam com a falta de medicamentos.
Fonte: G1