O Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,31% no mês de maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a taxa mais baixa para o mês de maio desde 2007, quando o índice foi de 0,28%.
Quando comparada ao índice de 0,14% de abril, a inflação mais que dobrou, distanciando-se em 0,17 ponto percentual (p.p.).
No acumulado do ano, o IPCA foi de 1,42% até maio, percentual bem inferior aos 4,05% registrados em igual período de 2016 e o menor acumulado até maio desde o ano 2000 (1,41%). Nos últimos 12 meses, o índice desceu para 3,60%, enquanto havia registrado 4,08% no mês anterior, a menor taxa em 12 meses desde maio de 2007, quando ficou em 3,18%.
Principais impactos na inflação
O aumento de 8,98% nas contas de energia elétrica foi o que mais puxou a inflação de maio, sem o desconto na cobrança no mês anterior, diz o IBGE Em abril, houve queda de 6,39%, com os descontos aplicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para compensar os consumidores pela cobrança indevida, em 2016, do chamado Encargo de Energia de Reserva (EER).
Por conta da energia, o grupo habitação teve o resultado mais alto, de 2,14%, além da maior contribuição (0,32 p.p.), dominando o índice do mês e praticamente anulando as oscilações dos demais grupos de produtos e serviços.
Os itens condomínio (0,75%) e taxa de água e esgoto (0,50%) se destacaram dentro do grupo alimentação. Neste último, a influência veio da região metropolitana de Curitiba, onde as contas aumentaram 5,29% no mês, refletindo parte do reajuste de 8,53% em vigor a partir do dia 18 de maio, aliado à revisão na metodologia de cobrança por faixa de consumo.
Além de Habitação, os grupos com variações positivas situaram-se entre 0,08%, de Educação, e 0,98%, de Vestuário. Os remédios (0,82%), do grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,62%), também merecem destaque. Refletiram parte do reajuste anual que passou a valer a partir de 31 de março, variando entre 1,36% e 4,76%, conforme o tipo. Considerando o acumulado no ano, os remédios, que dominam 3,48% das despesas das famílias, estão 3,92% mais caros.
Fonte: G1