Em Ourinhos, um travesti, de 17 anos, conhecido como ‘Bruninha’, foi brutalmente assassinado na madrugada de ontem, 16, por três pessoas. Na manhã seguinte, um trabalhador rural encontrou o corpo do jovem desfigurado pelos golpes de faca e também com sinais de ataque de onça (havia pegadas da onça no local), numa área rural em Salta Grande- SP.

Foi acionada a Polícia Militar e a Civil de Salto Grande para o registro do encontro de cadáver. No local, “Bruninha” ainda estava com vida (devido ao sangue) até a área rural e lá foi morta com outro golpe de faca, mas esse no pescoço.

Duas amigas de “Bruninha” que estavam com ela antes de ser assassinada relataram que estavam na Rua Duque de Caxias e por volta das 2h decidiram ir embora. Todas saíram em um veículo Corsa, branco, elas resolveram passar para comer um lanche e no trajeto a condutora do carro, avistou um bloqueio policial, sendo assim, decidiu desviar entrando no posto Vulcano, dando a volta em seguida.

“Depois que eu virei o carro eu vi o carro de outra travesti um Siena, branco, eu sabendo que ela e a “Bruninha” tinham brigado dias atrás decidi mudar o caminho, porém, ela passou pelo meu carro e me fechou, impedindo que eu manobrasse meu veículo. Ali parada a “Bruninha” começou a gritar dentro carro ‘não deixa ela me pegar, não deixa toca o carro’, mas eu não conseguia ela me bloqueou”, explicou o travesti que conduzia o Corsa.

“A travesti que estava no Siena e seu namorado saíram do carro e vieram em direção ao meu carro e puxaram a “Bruninha” violentamente pra fora. Eu pensei na hora que eles iriam bater nela, pois não vi nenhum deles armado, mas para nosso espanto surgiu uma terceira pessoa que saiu de dentro do carro da travesti em posse de uma faca e ali mesmo no capo do meu carro esse travesti desferiu quatro golpes de faca nas costas dela”, detalhou amiga de “Bruninha”.

As amigas contaram que em seguida o trio colocou a Bruninha dentro do carro e saíram em alta velocidade tomando rumo à rodovia. Elas foram embora e acionaram a Polícia Militar que compareceu no local e ficou ciente dos fatos.

“O crime está praticamente esclarecido, não vamos divulgar nomes para não atrapalhar o trabalho de investigação”, concluiu o delegado Dr. João Beffa.

Indagadas sobre o que motivou a tamanha crueldade, ambas disseram que as duas travestis sempre discutiam por motivos fúteis, “uma ficava disputando com a outra sobre plástica, que já tinha colocado silicone, quem era mais bonita”,

O delegado Dr. João Ildes Beffa disse que as investigações foram iniciadas assim que a Polícia Civil tomou conhecimento dos fatos, que as testemunhas foram ouvidas, que o carro foi periciado e em seguida foi instaurado o inquérito policial, a fim prender os culpados.